quinta-feira, 10 de setembro de 2020

GALOPE A BEIRA MAR

Tem gente que ouve eu improvisando

fica de boca aberta e impressionado

diz que nunca ouviu um verso rimado

do modo que ele logo vai brotando

por estas rimas não vou procurando

são elas que vem pra me visitar

ficam apaixonadas por este cantar

de um poeta que é filho do povo

elas gostam tanto que voltam de novo

para cantar o galope na beira do mar.


Quem me ensinou foram os Menestréis

poetas andarilhos, cantadores de feira

que vez em quando passavam na ribeira

buscando a poesia, nunca seus lauréis

viviam pela arte eles eram fiéis

a esta tradição quase milenar

veio de outras terras, chegou pra ficar

encontrou um terreno seco e hostil

mas se espalhou por todo o Brasil

para cantar galope da beira do mar.


Eu não canto tudo, somente o que sei

esta foi a resposta de meu antepassado

diante de um cantador que todo enojado

disse que dominava desta arte a Lei

reconheço que eu já me enganei

escapuliu uma rima, foi para outro lugar

mas esta humildade que é exemplar

eu aprendi desde o meu berço

das lições dos antigos, nunca esqueço

quando eu canto galope da beira do mar.


Tudo que aprendi eu passo à frente

meu desejo é ver a arte se propagar

quanto mais pessoas puderem escutar

cresce ainda mais a arte da gente

seja na escrita ou seja no repente

vejo a poesia sempre a germinar

quero vê-la crescer e prosperar

alcançando a todos sem distinção

levando a arte a nossa população

cantando um galope na beira do mar.




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