Hoje tenho o dever
de lhe pôr em seu lugar
já que decidiu cantar
e ser poeta sem saber
procure o que fazer
não seja tão convencido
antes que fique ofendido
volte de onde saiu
o seu castelo ruiu
nos dez de queixo caído.
Nunca existiu tempestade
que pudesse me abater
pois que nasce para vencer
desconheço a temeridade
eu vim aqui é verdade
não por se um enxerido
mas para lhe deixar mexido
que nem xerém na panela
hoje o poeta amarela
nos dez de queixo caído.
Eu não canto por esporte
esta é minha obrigação
eu que nasci campeão
nunca precisei de sorte
nem chega a temer a morte
quem tem fé e é benzido
fui nesta vida ferido
resisti e estou de pé
pra lhe ensina o que é
os dez de queixo caído.
Não consegue ensinar
se não tem nem para si
no repente eu cresci
apenas por escutar
você pode até enganar
a os menos entendidos
falando sem ter sentido
comigo o chicote estala
e poeta ruim se cala
nos dez de queixo caído